Salvador, nosso futuro litoral de cimento.

O brilho de Salvador, primeira capital do país, em cor, som e luz, faz a cidade famosa em vários cantos do mundo. Mas, longe do Centro Histórico, vive a atual e cotidiana Salvador desconhecida pelos turistas. A instalação de empreendimentos imobiliários, principal causa do desmatamento da Mata Atlântica na cidade, tem aumentado nos últimos anos. A Av. Paralela, uma das principais vias, é a que mais tem sofrido esse mal: são condomínios de luxo e shopping a cada novo ano.
O Parque de Pituaçu, meu preferido, já perdeu quase metade dos seus 665 hectares originais. Em sua trilha, de 15 km, é possível ter um contato real com a natureza. Porém, ela corre risco, uma vez que não se respeita os limites impostos nos licenciamentos ambientais ou mesmo as restrições das APAs. Salvador possui 2 reservas ecológicas e 4 áreas de proteção ambientais, além de parques, como o Zoobotânico e o Jardim Botânico, somando milhares de hectares de Mata Atlântica. O pior de tudo é que com as deficientes legislações o risco de perdermos essas unidades de conservação é cada vez maior. Mesmo com a aprovação da Lei da Mata Atlântica, isso continua a ocorrer. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - PDDU, que deveria abranger a proteção do pouco que sobrou de Mata Atlântica, mostrou-se ineficiente à questão ambiental. Hoje, cada vez mais, é preciso que percebamos a posição dessa floresta, tão devastada ao longo de nossa história, o rico ecossistema que ela abriga e, principalmente, a importância de sua preservação.


PAZ!

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