Sacolas plásticas, uma vilã do meio ambiente.


As sacolas de plástico demoram pelo menos 300 anos para sumir no meio ambiente. Em todo o mundo são produzidos 500 bilhões de unidades a cada ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia ou a 1 milhão por minuto. No Brasil, 1 bilhão de sacolas são distribuídas nos supermercados mensalmente - o que dá 66 sacolas por brasileiro ao mês.


"O ideal seria a troca, pura e simples, do material plástico por pano ou papel. Mas ao menos um composto oxibiodegradável poderia acelerar a decomposição de bilhões de toneladas que ficam no ambiente à espera da degradação"


 Elas levam centenas de anos para se decompor na natureza, e causam uma série de problemas:

  • Entopem canos de esgoto. 
  • Causam problemas para animais aquáticos, que podem ficar presos dentro de sacolas ou ingerí-las acidentalmente por confundí-las com águas-vivas (e a mesma sacola pode ser ingerida por vários animais em sucessão, pois ela não se decompõe)
  • Podem intoxicar e até matar animais como vacas e ovelhas
  • São um problema estético: sacolas voando ou espalhadas pelo chão são visualmente desagradáveis.
E mesmo sacolas colocadas no lixo corretamente podem causar problemas, pois elas são facilmente levadas pelo vento.

Eu sempre reaproveitei as sacolas de supermercados, principalmente para colocar lixo dentro, desde a década de 90, pelo menos (de acordo com o que tenho lido), no Brasil não parece ser uma preocupação grande para ninguém; ao menos não se fala muito a respeito.

Motivos de sobra para abandoná-la


Mas porque ele é assim tão prejudicial para o meio ambiente? Bem, em primeiro lugar o saquinho plástico é um derivado do petróleo, substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) e sua degradação no ambiente pode levar séculos, ou seja, seu tataraneto pode no futuro se deparar com o saquinho que você jogou fora hoje. No Brasil aproximadamente 9,7% de todo o lixo é composto por saquinhos plásticos, além disso a produção do plástico é ambientalmente nociva. Para produzir uma toneada de plástico são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os degetos resultantes.



Há um outro grande problema: a poluição dos mares por este tipo de lixo. Saquinhos plásticos no mar são confundidos por peixes e, principalmente, pelas tartarugas marinhas como águas vivas, um de seus alimentos. Assim ao ingerir o saquinhos as tartarugas morrem por obstrução do aparelho digestivo. Se você tiver oportunidade de um dia visitar o Projeto Tamar, verá que lá estão expostos vários cadáveres de tartarugas que morreram desta forma.


Os saquinhos também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.



O que fazer então?


A grande idéia é aos poucos substituirmos as sacolas plásticas descartáveis, ou por sacolas realmente biodegradáveis (pesquisas estão sendo feitas no Brasil para a produção de plásticos a partir da cana de açúcar e milho) ou por sacolas não descartáveis. Lembra daquelas antigas sacolas de feira? Isto mesmo, elas aos poucos estão voltando e com força total. Nós aqui do Ser Melhor já temos a nossa!



Seguem algumas dicas de como começar a diminuir o uso das sacolas descartáveis:

  • Comece a levar uma sacola própria para fazer as compras, seja no supermercado, na venda, quitanda ou feira. Não importa que nela não caibam todas as suas compras, pelo menos uma parte delas vai para a sua casa sem utilizar o saquinhos;
  • As famosas "sacolas de feira" são uma grande dica, seja ela de plástico resistente, seja de pano;
  • Se a quantidade de compras seja muito grande, peça no supermercado caixas de papelão para transportar as compras. Algumas redes de supermercados já oferecem esta opção;
  • Caso seu supermercado utilize sacolas biodegradáveis, de preferência para estas;
  • Cuidado com as sacolas Oxibiodegradáveis. Apesar delas se "desfazerem" no ambiente, diferentemente de uma sacola biodegradável, que é consumida por microorganismos, a sacolas Oxidegradáveis se utilizam de componentes químicos nocivos para decompô-la, continuando a poluir o ambiente, apenas não serão visíveis aos nossos olhos.
  • De preferência pelos sacos de papel;
  • Verifique as datas de validade dos produtos. Você poderá estar levando um produto que irá para o lixo. Além do desperdício de dinheiro você terá utilizado um ou vários saquinhos a toa;
  • Repense suas compras. Será que tudo que você está comprando será utilizado ou boa parte irá estragar e ir para o lixo? Você precisa mesmo do que está comprando ou foi a propaganda que lhe disse para comprar? Quanto menos compras, menos saquinhos serão utilizados.

Uma dica para substituir sacola plástica:
-Saco de lixo: (link) 
-Crochê : (link)

E a mais importante de todas: RECUSE sacola plástica, o meio ambiente agradece.



Lixo nos manguezais, um problema IGNORADO.

Há um costume humano de ocupar áreas litorâneas devido à maior disponibilidade de recursos oferecidos pelo ambiente. Nos últimos dois séculos, o adensamento urbano e a explosão populacional nas localidades próximas à costa vêm pressionando os sistemas biológicos naturais. Um dos grandes problemas observados com crescimento urbano nos ambientes costeiros é o acúmulo de resíduos, que contribui para a degradação da fauna e flora locais.

Estudos sobre o impacto de resíduos sólidos em regiões costeiras são, em geral, realizados com foco apenas nas praias. Pouca atenção tem sido dispensada aos ecossistemas de manguezal neste aspecto.

Os ecossistemas dos manguezais são considerados essenciais na reprodução, proteção e alimentação de diversas espécies. Animais como aves, peixes, camarões, caranguejos e moluscos passam parte de seus ciclos de vida nos manguezais. Desta forma, tais ecossistemas possuem vital importância na manutenção e conservação da biodiversidade brasileira, incluindo espécies ameaçadas e de considerável valor econômico, como o guará (Eudocimus ruber) e a tainha (Mugil platanus).

Apesar de todo o conhecimento sobre os manguezais, sua importância parece ser apreciada apenas nos livros e artigos científicos. Pois as políticas públicas e ações civis continuam a negligenciar sua existência. Aterros clandestinos, deposição de esgoto, queimadas e pesca indiscriminada são problemas constantes nos manguezais. E mesmo com uma legislação ambiental os interesses político-econômicos abrem brechas nestas para a realização de atividades danosas ao ambiente.

Rede de pesca e tijolo incrustado por mexilhões (Mytilus edulis) e cracas (Balanus glandula) encalhados no capim praturá (Spartina alterniflora). Muitos resíduos trazem espécies exóticas. Outros acabam se tornando locais de fixação e moradia para espécies nativas, porém isto pode ser um problema grave dependendo da natureza do material, que pode ser cortante ou de formato difícil para a saída o animal.

Pouco ainda se sabe sobre a dinâmica de encalhes de resíduos sólidos urbanos nos manguezais, contudo é de conhecimento comum que este ecossistema sofre impactos diferenciados em cada região. Estudos recentes apontam que a morfologia vegetal é um fator importante no encalhe de resíduos. Vegetações mais densas nas bordas funcionam como uma malha que impede a entrada de muitos resíduos na floresta do manguezal. Também o praturá (Spartina alterniflora) tem esse efeito. Quando a maré sobe trazendo os resíduos, o capim impede sua chegada ao interior da mata. Por um lado este processo é positivo, pois impede que os resíduos adentrem e afetem mais intensamente o interior do manguezal. No entanto, são essas vegetações densas de borda que abrigam ovos e juvenis de diversos animais marinhos, do berbigão (Anomalocardia brasiliana) ao robalo(Centropomus spp.). Ocasionando maior impacto dos resíduos justamente no início do ciclo de vida de muitas espécies.

Outro aspecto no encalhe de resíduos sólidos é a proximidade de áreas urbanas e turísticas. A quantidade de resíduos praticamente duplica quando são analisadas áreas de manguezal mais próximas de residências, centros urbanos, portos e praias, por exemplo. Estima-se que os resíduos destas fontes cheguem aos manguezais por via direta, com descarte desde água de lastro e embalagens até móveis e escombros, ou indireta, por ação dos ventos e maré.

Rede de pesca enrolada nos galhos de mangue-preto(Avicennia schaueriana). Muitas redes que se prendem aos galhos e raízes dos mangues acabam sendo perigosas armadilhas. Aves acabam se enroscando nestas redes quando pousam nos galhos, andam pelos pneumatóforos ou em seu vôo por entre os galhos, podendo vir a óbito. Quando a maré sobe, muitos peixes também se enroscam nestas redes e acabam morrendo.


O descarte direto de resíduos e da água de lastro por navios é uma grave fonte de resíduos e animais exóticos invasores. Os locais próximos a portos são os que mais sofrem desequilíbrios ambientais pelo descarte da água do lastro de navios de carga.
 


Os bueiros de escoamento de água pluvial das áreas urbanas são uma das vias de chegada dos resíduos, pois são indevidamente utilizados como lixeira e saída de esgoto. O problema deste uso irregular dos bueiros está não só na inutilizarão desta ferramenta em tempos de chuvas, já que o entupimento impede o escoamento de água, como também no fato de que, na maioria das cidades costeiras, o destino final destas redes é o mar. E do mar, com auxílio dos ventos, os resíduos (boa parte flutuante) seguem para os manguezais.
Já as praias, influenciam na presença da maioria do material plástico encontrado. Trata-se de produtos característicos de freqüentadores de praias, os quais podem ter sido descartados indevidamente e, levados ao mar, chegam aos manguezais também por ventos e correntes.

O modo como o crescimento populacional sem infraestrutura avança em áreas costeiras é insustentável. Uma das melhores alternativas é a compatibilização de atividades sócio-econômicas e conservação dos recursos costeiros através da efetivação da fiscalização e de ferramentas políticas como os planos de gerenciamento costeiro e balneabilidade.


A preocupação global, principalmente da rede turística, com a qualidade de vida e conservação do ambiente é de grande auxílio no processo de manejo ambiental. Os municípios costeiros, principalmente os que possuem atividades turísticas vinculadas às belezas naturais, devem se preocupar com a melhoria constante de balneabilidade, presença de resíduos sólidos urbanos, infraestrutura e segurança.


Para tentar amenizar as pressões antrópicas no ambiente, é preciso utilizar as diversas ferramentas a nosso dispor, desde investimentos científicos, iniciativas político-econômicas até atividades sociais, educação ambiental e mudanças individuais de hábitos. É necessário partirmos da teoria para a prática e agirmos sem discriminações neste processo de ensinamento, ação e aprendizado.


Fonte: Projeto Manguezal.

O que fazer com seu lixo.



Plano de coleta, seleção e destinação correta do lixo reciclável doméstico e comercial.
Todos materiais passíveis de reciclagem (99% do lixo produzido) sem aumento de custo para o município e para os participantes, gerando empregos e oportunidades para a comunidade local. Colaborando com a limpeza pública, PROTEGENDO O MEIO AMBIENTE.

Os grande lixões, além de poluirem o solo, trazem  mal cheiro, doenças, poluição das nascentes e rios. Os oceanos praticamente não contam com políticas de conservação. Enquanto a conservação de parques e reservas abrange algo em torno de 9% da superfície terrestre, nos oceanos,   ocupam menos de 1%. Além disso, são jogadas cerca de 6,5 milhões de toneladas de lixo, por ano nos oceanos só no Brasil,  sem contar os acidentes com vazamentos de petróleo, os naufrágios de navios e submarinos com carga ou combustível nucleares e as descargas contínuas de esgotos!
Se você quer implantar a coleta seletiva, na sua residência ou local de trabalho, Leia com atenção a baixo como separar o lixo corretamente, faça um movimento conjunto e planeje campanhas e a retirada dos materiais recicláveis.

COMO COLOCAR A RECICLAGEM EM PRÁTICA.


Em sua casa, apartamento ou trabalho, as orientações a seguir:-
Normalmente em todos os locais só existe um cesto de lixo. Pois  bem, separe vários sacos plásticose vá colocando cada tipo de lixo em um deles.
É fácil...basta você "guardar" os saquinhos de embalagens que você ganha nos supermercados! Depois fixe um "sarrafo" de uns dois metros na parede do quintal ou da área de serviços e pendure os saquinhos com um prego, e vá substituindo-os conforme eles encherem. Se quiser, poderá escrever "caprichadinho"  no sarrafo, um nome para o destino de cada saquinho. Para empresas é só orientar os funcionários e colocar tambores grandes com os respectivos nomes, logo  terá muitas pessoas de olho naquele lixo que vale dinheiro.
Procure usar sacolas plásticas biodegradáveis para separar seu lixo doméstico
.


-Saco nº 01:  
 Papéis revistas, jornais e seus derivados. Como reciclar papel

-Saco nº 02:  
Vidros, lâmpadas, garrafas etc

-Saco nº 03:  
Brinquedos, garrafas plásticas etc.

-Saco nº 04: 
 Artigos de borracha. Caso tenha pneus velhos para jogar, tome cuidados  deixá-los sempre secos, você já deve ter ouvido falar na Dengue. Fure-os ou corte em pedaços. Ou também você poderá levá-los em lojas de vendas de pneus.

-Saco nº 05:  
Entulhos, madeiras, cimentos e resto de sujeiras das faxinas etc.

-Saco nº 06:  
Metais diversos,  latas, arames, pregos, alumínios etc.

-Saco nº 07:
Objetos  Perigosos como: Baterias em geral, pilhas e lâmpadas fluorescentes. Nunca jogue no lixo, pois estes produtos são altamente contaminadores e perigosos.  

-Saco nº 08:  
Orgânicos como: restos de comida, ossos etc.

-Saco nº 09:
Papéis usados, ( higiênico por exemplo ), guardanapos, fotografias, fita crepe,tocos de cigarros, esponjas de aço usadas, panos sujos dentre outro  

ÓLEO DE FRITURAS:
Nunca jogue o óleo de fritura na pia ou ralo, guarde-os em garrafas de refrigerantes, eles são Biodiesel, ou seja, combustíveis de veículos e também podem virar sabão, além de proteger a natureza estará guardando uma pequena fortuna em sua casa.

CINZA DE CIGARRO:
Nunca jogue fora a cinza do cigarro, pegue latas de leite ou chocolate vazia e vá colocando as pontas dos cigarros e guardando as latas cheias em casa até que a ciência encontre uma aplicação para este resíduo altamente tóxico, colabore com o meio ambiente, já que não consegue parar de fumar faça este pequeno gesto de carinho. Já existem pessoas que reciclam os tocos de cigarros.

        Hoje no Brasil são jogados fora todos os dias, cerca de 228.000 toneladas de lixo, um desperdício de milhões de dólares.

        Faça sua parte como um bom cidadão, contribua para uma cidade limpa e seu meio ambiente bem cuidado, aproveite o embalo e plante uma "Árvore"nativa.


"LIXO SEPARADO É DINHEIRO ACUMULADO"!!

Reciclagem de Plástico.



Do plástico usado ao plástico novo. Pensando em minimizar os efeitos ambientais negativos do excesso de plástico descartado sem critérios pela sociedade, pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) desenvolveram uma nova técnica de reciclagem desse material. Testes realizados no Laboratório de Modelagem, Simulação e Controle de Processos da instituição mostraram que é possível criar resinas plásticas produzidas a partir do reaproveitamento de até 40% de material plástico já utilizado.

O método escolhido pela equipe foi a reciclagem com produção in situ, que possibilita incorporar materiais plásticos usados a plásticos virgens no próprio ambiente da reação química. Por meio da polimerização em suspensão, foram realizadas misturas moleculares de poliestireno reciclado e de poliestireno virgem, usando copos descartáveis. “A técnica é simples. Basicamente dissolvemos o plástico usado numa solução com reagentes e depois adicionamos o material direto no reator para fazer mais plástico”, diz o professor José Carlos Pinto, responsável pelo projeto.

Ao contrário de outras técnicas de reciclagem, como a mecânica, esse método mantém a qualidade do produto final, pois a adição de plásticos reciclados não interfere no andamento da reação química de polimerização. “O plástico usado foi reincorporado como matéria-prima do processo sem grandes transformações químicas. As propriedades finais do produto são similares às propriedades dos polímeros não-reciclados”, assinala.

Além de copos descartáveis, a técnica pode ser empregada com outras famílias de materiais à base de poliestireno, de poliacrilatos, de polimetacrilatos e de poliacetatos, como aqueles utilizados para fabricar capas de CD, isopor, interiores de geladeira e carcaças de televisão, entre outros produtos. “O próximo passo é testar a técnica com cargas de isopor recicladas. O isopor não é biodegradável, mas pode ser facilmente reciclado e utilizado para fabricar isopor novo”, adianta José Carlos.

Impactos da reciclagem:
De acordo com o professor José Carlos Pinto, a reciclagem é a melhor resposta diante do debate sobre usar ou não usar o plástico. “A questão maior não é se devemos usar ou não o plástico, mas o que devemos fazer com ele depois do seu ciclo de uso”, destaca o engenheiro químico, lembrando que o plástico deve ser tratado como uma matéria-prima potencialmente reutilizável, e não como lixo.

O professor ressalta os impactos ambientais positivos da transformação de plástico em plástico. “A reciclagem contribui para reduzir a quantidade de material descartado no meio ambiente, pois o utiliza como matéria-prima para produzir novos materiais plásticos. Ao ser reciclado, se economiza o petróleo que seria utilizado para fazer plástico novo e isso certamente contribui para a redução da emissão de carbono na atmosfera”, diz.

A reciclagem do plástico também pode resultar em consideráveis impactos econômicos e sociais. “A reciclagem pode estimular a valorização econômica dos resíduos plásticos. Eles têm baixo valor agregado, apesar de serem derivados do petróleo, e por isso são facilmente descartados pela população”, avalia. “Ela também pode gerar empregos por incentivar a coleta seletiva de plástico por cooperativas de catadores de lixo”.

Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros, que por sua vez são formadas por moléculas menores, chamadas monômeros. Estima-se que no Brasil pelo menos 2,2 milhões de toneladas de plástico pós-consumo (descartados após o uso) se acumulam anualmente, segundo dados da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos – entidade que representa institucionalmente a cadeia produtiva do setor para divulgar a importância dos plásticos na vida moderna e promover sua utilização ambientalmente correta.

Além do professor José Carlos Pinto, fazem parte da equipe os alunos Caio Kawaoka e Carlos Castor. Eles dedicaram as suas dissertações de mestrado ao tema. O estudo foi contemplado pelos editais Cientista do Nosso Estado e Estudos e Soluções para o Meio Ambiente, da Faperj.

Fonte: CIMM

O que é carne orgânica?

A carne orgânica certificada é uma carne produzida a partir de um sistema produtivo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.

Este sistema produtivo passa por auditoria e certificação, garantindo que carne é produzida da maneira mais natural possível, isenta de resíduos químicos e com preocupação socioambiental.

Qual a diferença entre a carne orgânica e a tradicional?
Na aparência, a carne orgânica assemelha-se às carnes bovinas convencionais encontradas facilmente nas casas de comercialização. A diferença está no modo de produção, que garante um produto de qualidade muito superior.

Quais as vantagens para a saúde?
Ao adquirir carne orgânica certificada, o consumidor tem a garantia de que está levando para casa um alimento completamente isento de resíduos químicos, pois a carne é produzida da maneira mais natural possível, com os animais sendo tratados principalmente com medicamentos fitoterápicos e homeopáticos, vacinados e alimentados com pastos isentos de agrotóxicos. O processo de produção desta carne diferenciada garante o consumo de um alimento seguro e saudável.

Quais as vantagens para o meio ambiente?
A carne orgânica é produzida em fazendas de criação de gado certificadas, que seguem normas rígidas de certificação orgânica, que determinam um sistema de produção ambientalmente correto.

Estas normas exigem primeiramente que os produtores cumpram a legislação ambiental, o que garante a proteção das áreas naturais obrigatórias que devem existir dentro de uma propriedade rural, tais como as matas nas beiras dos rios.

Além do cumprimento da legislação ambiental, a certificação exige a proteção de nascentes e de corpos d`água, proíbe a utilização de fogo no manejo das pastagens, e por ser um sistema que proíbe o uso de agrotóxicos e químicos, evita a contaminação do solo e dos recursos hídricos localizados dentro da unidade produtiva.

Desde quando o Brasil produz carne orgânica?
O Brasil tem um histórico de aproximadamente 10 anos na produção de carne orgânica, mas só nestes últimos três anos a cadeia produtiva vem se estruturando comercialmente.

O objetivo é atender à demanda cada vez maior por alimentos que garantam a segurança alimentar, a proteção ao meio ambiente e a dignidade social.

Por que a carne orgânica é pouco consumida no Brasil?
A carne orgânica ainda não é bastante conhecida e consumida no Brasil, pois somente agora vêm sendo explorada de maneira comercial. É uma cadeia produtiva em estruturação, sendo que uma das prioridades é a de esclarecer ao consumidor as vantagens do produto em relação às carnes convencionais.

De maneira geral, todos os produtos orgânicos são ainda pouco conhecidos. Eles são entendidos pela população como produtos sem agrotóxicos, mas, na verdade, possuem critérios ambientais e sociais importantíssimos em seus sistemas produtivos.

Onde encontrar carne orgânica?
Atualmente, no Brasil, somente uma indústria tem comercializado carne orgânica certificada, produzida por duas associações de produtores de carne orgânica localizadas na Bacia Hidrográfica do Pantanal, a Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos (ASPRANOR), no estado do Mato Grosso, e a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), no estado do Mato Grosso do Sul.

Os cortes de carne orgânica podem ser encontrados nas capitais de estados como, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, em grandes redes varejistas.

Por que apóiar a carne orgânica?
Acredita-se que a Pecuária Orgânica Certificada é um sistema produtivo que pode contribuir com a sustentabilidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Pantanal como um todo, e servir como modelo de produção sustentável e responsável.

Sua adoção, somada à implantação de uma rede de áreas protegidas, ao uso racional dos recursos naturais renováveis e ao turismo responsável, poderão garantir a manutenção da biodiversidade regional e dos processos ecológicos junto com o desenvolvimento socioeconômico.

Fonte: WWF Brasil.

Pecuária Orgânica.



O manejo orgânico visa o desenvolvimento econômico e produtivo que não polua, não destrua o meio ambiente e que valorize o homem.

A pecuária bovina de corte orgânica tem como objetivo uma produção que mantenha o equilíbrio ecológico englobando os componentes produtivos, ambiental e social, a partir de normas estabelecidas pelas instituições certificadoras.

A criação, o gado orgânico é rastreado desde seu nascimento até o abate, com registro de peso, alimentação, vacinas, entre outras informações, em fichas individuais.

A alimentação dos animais é observada com especial atenção. Além da pastagem, outros ingredientes compõem o cardápio do gado orgânico como suplementação alimentar com grãos e rações isentas de organismos trangênicos.

Esses alimentos têm procedência garantida ou são produzidos pelos próprios pecuaristas de acordo com as normas da certificação.

Outra preocupação é quanto ao bem-estar dos animais. As fazendas trabalham com sombreamento das pastagens e currais em formato circular para que o gado não se machuque.

Uma das prioridades das certificadoras é garantir a segurança alimentar. Por isso, é exigida e monitorada a vacinação, inclusive contra febre aftosa. Em caso de alguma enfermidade, o gado orgânico é tratado com produtos fitoterápicos e homeopáticos.

Onde a pecuária orgânica é desenvolvida?

tualmente, apenas pecuaristas dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul produzem carne orgânica certificada no país.

São 26 fazendas, aproximadamente 131 mil hectares em pastagens e cerca de 99 mil cabeças de gado. Os projetos são certificados e acompanhados pelo Instituto Biodinâmico (IBD).

Mato Grosso do Sul:
Desde julho de 2003 o programa Panatnal para Sempre trabalha com o fomento da pecuária orgãnica certificada como alternativa de produção sustentável para a região.

No estado do Mato Grosso do Sul, as ações são desevolvidas em parceria com a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) e têm por objetivo estruturar a cadeia produtiva da carne orgânica no Pantanal.

A Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) foi criada em 2001 por um grupo de pecuaristas em sua maioria descendentes de famílias historicamente envolvidas com o desenvolvimento da região.

Sediada em Campo Grande (MS), a associação é composta por um grupo de produtores rurais preocupados com a viabilidade econômica de seus empreendimentos e com a manutenção do equilíbrio ambiental e social da região.

Mato Grosso
No Mato Grosso, o estímulo à pecuária orgânica é feito em parceria com a Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos (Aspranor).

A parceria com o Programa Pantanal para Sempre, iniciada em 2004, inclui o incentivo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) nas fazendas dos associados e projeto de educação ambiental para as comunidades do Vale do Sepotuba.

A Aspranor foi criada em julho de 2004 e contempla, além da pecuária bovina de corte e de leite, a suinocultura, a ovinocultura e a avicultura.

A associação está com a cadeia produtiva estruturada e comercializa a carne por meio da indústria frigorífica.

As propriedades que praticam a pecuária orgânica em Mato Grosso estão localizadas na Bacia do Rio Sepotuba, nas cabeceiras da Bacia Pantaneira.


Fonte: WWF Brasil

Garrafa PET, lixo ou riqueza?

O que fazer com as Garrafas PET?

Essa é uma pergunta que muita gente têm feito. Pensando nisso, criei essa post para reunir vários jeitos de utilizar a PET.

Quais as vantagens da Reciclagem das Garrafas PET?

• Redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a decomposição pois impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando circularem gases e líquidos.

• Economia de petróleo pois o plástico é um derivado.

• Economia de energia na produção de novo plástico.

• Geração de renda e empregos.

• Redução dos preços para produtos que têm como base materiais reciclados.

• No caso do PET de 2 litros, a relação entre o peso da garrafa (cerca de 54g) e o conteúdo é uma das mais favoráveis entre os descartáveis. Por esse motivo torna-se rentável sua reciclagem.

• O material não pode ser transformado em adubo. Plástico e derivados não podem ser usados como adubo, pois não há bactéria na natureza capaz de degradar rapidamente o plástico.

• É altamente combustível, com valor de cerca de 20 Megajoules/quilo , e libera gases residuais como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzóico. Esses gases podem ser usados na indústria química.

• É muito difícil a sua degradação em aterros sanitários.

Reciclando garrafas PET'S podemos fazer:

-Confecção de Camisas:

A fibra têxtil feita de garrafa PET reciclada é o mesmo que poliéster reciclado. Na produção (transformação) do poliéster reciclado utiliza-se 30% da energia utilizada na produção da fibra virgem, ou seja, além da própria reciclagem que contribui para reduzir o lixo no meio-ambiente, a economia no uso de energia também é um ativo ambiental desse produto.

Em média, para se confeccionar uma camiseta, utiliza-se uma quantidade de fibra reciclada que corresponde a duas garrafas PET.

-Móveis feitos de PET:

Se hoje a confecção de móveis com garrafas PET já está se tornando uma prática conhecida, isto se deve ao espírito inventivo e ao pioneirismo do Prof. Sebastião Feijó, criador da técnica.

>Puff de PET (Link com Vídeo ou Link com fotos)

>Cadeira de PET (Link)

-Usos para Casa:

>Aquecedor Solar com Garrafas PET de baixo custo (Link)

>Coletores de Água da Chuva (Link)

>Iluminação interna aproveitando a luz solar (Link e Vídeo)

>Regador Automático para Plantas (Link)

>Sustentação para Casas (Link)

-Ferramentas e Utensílios de PET:

>Vassoura com tiras de PET (Link e Vídeo)

>Luminárias e Artesanato (Link)

>Porta Guardanapo (Link)

>Porta Lápis (Link)

Além de você poder fazer todos os utensílios para sua casa, você também poderá fazer sua CASA de garrafa PET. Não, você não leu errado.

Garrafas PET podem substituir os tijolos na contrução de moradias. É possível construir desde um muro até a casa toda utilizando garrafas PET ao invés de tijolos.

Como construir sua casa de garrafa PET. (Link)

Achei alguns vídeos super interessante sobre a reciclagem de garrafas PET.

Reciclagem de Garrafas PET

Piscina feita de Garrafas PET

“PET por um dia”

Construção de Barcos feitos de PET


Espero que após esse post, você reflitam mais antes de jogar essas riquezas direto no lixo. ;)

Fontes: Associação Brasileira da Indústria do PET | Recicloteca | Blog do PET.

Novo Código Florestal desagrada ambientalistas.

Novo Código Florestal perdoa quem desmatou encostas de morro e nascentes até julho de 2008. Os responsáveis estão livres de pagar multa pelo estrago.
“É uma anistia ampla geral e irrestrita para aqueles que fizeram crime ambiental, para aqueles que ocuparam de forma irregular”, reclama Mario Mantovani, do SOS Mata Atlântica.

De acordo com a proposta aprovada, a área de preservação de rios com até cinco metros de largura fica menor. A distância mínima entre a plantação e o rio cai de 30 para 15 metros.
"Daqui a pouco eles irão inventar uma nova semente hidropônica, pra assim, além de desmatar áreas enormes, começaram a plantar dentro d'gua."

Assim que a lei entrar em vigor, ficam suspensas autorizações para novos desmatamentos por cinco anos - prazo para os estados definirem suas políticas ambientais.
"Tenho até medo dos desmatamento após esses 5 anos."

Outro ponto que gerou protesto entre os ambientalistas foi a decisão de liberar algumas propriedades e de manter uma área preservada, o que hoje é exigido por lei. Com o novo código, em alguns estados, toda a terra com até 400 hectares vai poder ser usada para agropecuária.
"Ou seja, adeus preservação né Deputado?"

O relator do projeto disse que a medida deve beneficiar 90% dos produtores rurais. “O projeto foi feito para regularizar os produtores que estão na ilegalidade. Na maioria, são os pequenos. por essa razão é que nos dispensamos a recomposição da reserva legal para os pequenos”, explica o relator do projeto, deputado Aldo Rebello (PcdoB-SP).
"E para quem não sabe, o nosso Deputado é da bancada comunista, ou seja, ruralista também. Assim como quem ajudou a escrever o novo código ambiental, foi um agrônomo. Interessante isso não?"

Já as propriedades maiores continuam obrigadas a manter a proteção de parte das matas nativas. Exigência que os grandes produtores querem derrubar quando a proposta for votada pelos deputados no plenário da Câmara.
"Legal Deputado, então quem tem menos de hectares pode devastar tudo. Afinal se cada agricultor de pequeno porte, resolver desmatar essa "pequena" aréa, isso não se tornará uma grandeza. É isso Deputado?"

Nós votamos esse relatório na comissão e agora iremos para o plenário da Câmara depois das eleições. Teremos um prazo de três ou quatro meses para trabalharmos. Os parlamentares e as próprias entidades de classe na mobilização de recuperarmos aquilo que não conquistamos nesse relatório”, aponta o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista.

Além da Câmara, como lembrou o deputado, o projeto ainda vai para o Senado. Mas nada agora. Discussão,votação, está tudo adiado para depois das eleições de outubro.

Atenção galera, peço a vocês que estudem bastante em quem irão votar nessas eleições. Pois esse código ainda pode ser mudado, assim ainda poderemos salvar o que ainda nos resta de vegetação nesse nosso país.

A nova era da reciclagem.

Se a nova lei da Política Nacional de Resíduos for, finalmente, aprovada no dia 7, no Senado, o cenário da gestão de resíduos no país sofrerá grandes transformações com base no princípio da responsabilidade compartilhada, que envolve poder público, empresas e população.. Para além da limpeza, o lixo ganhará valor econômico, com efeitos sociais importantes.


Logística reversa. Este é o jargão ecológico que promete fazer parte da rotina urbana quando entrar em vigor a nova lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevista para ter o desfecho final no dia 7 de julho, após 21 anos de debate e ajustes no Congresso Nacional.

Mais que um modismo, o conceito que, só recentemente, passou a ser propagado, impõe responsabilidades capazes de mudar o jeito de consumidores, empresas e governos lidarem com a questão do lixo. Apesar do nome rebuscado, logística reversa tem um significado bastante simples: é o retorno de embalagens e outros materiais como matéria-prima para as indústrias após o consumo e o descarte pela população, reduzindo o despejo em aterros sanitários (Leia as reportagens sobre o tema:
A dinâmica da logística reversa e Eterno Regresso

Pode ser o começo de uma convivência mais saudável com os resíduos. Será uma história com cenário diferente do habitual na maioria das cidades, nas quais sacos e garrafas plásticas boiam nos rios e entopem bueiros, pneus e entulho são abandonados em terrenos baldios e é cada vez mais duro o trabalho dos garis para limpar as ruas?

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Para além da limpeza,
o lixo ganha valor econômico, com efeitos sociais. A nova lei obriga a implantação de sistemas para a recuperação industrial dos resíduos que podem ser reciclados, a começar pelas embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos e seus componentes, como computadores, telefones celulares e cartuchos de impressão. “O sucesso dependerá, também, da conscientização do consumidor”,enfatiza Kami Saidi, diretor de sustentabilidade da HP Brasil. A empresa prevê a ampliação do seu programa de reciclagem que, hoje, mantém 55 centros de coleta de equipamentos fora de uso, no país.

De acordo com o projeto de lei, o modelo brasileiro seguirá o princípio da
responsabilidade compartilhada entre poder público, empresas e população. O papel das indústrias - tanto as que fabricam os produtos que precisam de um destino adequado como as que os recebem de volta após o uso - é decisivo nesse processo. Mas os termos desses compromissos serão definidos caso a caso, mediante acordos setoriais após a promulgação da lei.

“Com a legislação, a reciclagem ganha regras claras em nível nacional, podendo atrair mais investimentos e avançar no país em curto espaço de tempo”, prevê
André Vilhena, diretor do Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem, entidade que reúne empresas de grande porte para a promoção dessa atividade no Brasil e teve participação ativa nos debates para a Política Nacional.
O mercado da reciclagem movimenta R$12 bilhões por ano no país, de acordo com o Cempre. Mas o potencial é muito maior, uma vez que o Brasil produz 150 mil toneladas de resíduos urbanos por dia e destina a metade para os lixões. Apenas 7% dos municípios brasileiros fazem a coleta seletiva de lixo reciclável.

A busca por soluções é um desafio complexo, porque envolve
questões sociais, mudanças de comportamento, hábitos de consumo e, também, interesses econômicos - o que explica em grande parte a longa tramitação da nova lei no Congresso Nacional. “A demora não foi um tempo perdido, porque serviu para a convergência de posições”, afirma o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), relator do projeto concluído na Câmara dos Deputados, com apoio e consenso de diferentes setores.

Fonte: Planeta Sustentável.