Sistema de Aproveitamento de Água da Chuva.

O sistema de aproveitamento de águas pluviais desenvolvido para o projeto da Casa Eficiente consiste na área de contribuição (ou captação), calhas e coletores (verticais e horizontais), dispositivos de descarte de sólidos (como folhas, gravetos e detritos), dispositivos de desvio de água das primeiras chuvas e reservatórios (inferior e superior).
 
Após descarte dos sólidos indesejáveis e desvio da água das primeiras chuvas (com presença de impurezas provenientes da lavagem da atmosfera e das áreas de captação), a água coletada nos telhados é armazenada em uma cisterna, sendo posteriormente bombeada para um reservatório superior. Esta água é destinada ao abastecimento de pontos voltados a atividades não potáveis, devido ao risco de contaminação da água coletada. Esses pontos são os seguintes: descarga do vaso sanitário, tanque, máquina de lavar roupa e torneira externa (para irrigação da horta, lavagem de pisos, veículos, e outros usos não potáveis).
Recomenda-se o descarte da água das primeiras chuvas, devido à concentração de poluentes tóxicos dispersos na atmosfera (ou melhor, da troposfera) de áreas urbanas como o Dióxido de enxofre (SO2) e o Óxido de Nitrogênio (NO), além da poeira e da fuligem acumulada nas superfícies de coberturas e calhas.
 
O descarte de água das primeiras chuvas pode ser feito com o auxílio de dispositivos automáticos, desenvolvidos especialmente para esta finalidade. Para a Casa Eficiente, os pesquisadores do LMBEE executaram dispositivos simples e eficazes utilizando materiais de baixo custo e facilmente encontrados no mercado.

 
Os condutores são em alumínio anodizado branco e antes da entrada da cisterna há um dispositivo, em aço inox, próprio para a separação e descarte de sólidos, como folhas e gravetos.

A água da cisterna é bombeada para o reservatório superior de água pluvial, localizado sobre a cozinha.  A motobomba é controlada por um sistema de bóias magnéticas localizadas na cisterna e no reservatório superior de água pluvial. Junto ao reservatório superior, foi instalada uma bomba dosadora de cloro. Uma vez que há contato manual com a água pluvial que será utilizada para lavagem de roupas, a função da bomba dosadora é realizar a desinfecção desta água.
 
O dispositivo de descarte de sólidos e a motobomba ficam em abrigo localizado sobre a cisterna, podendo ser facilmente acessados para realização de eventuais vistorias ou manutenções.

Um dos componentes mais importantes de um sistema de aproveitamento de água de chuva é o reservatório, que deve ser dimensionado, tendo como base, entre outros, os seguintes critérios: custos totais de implantação, demanda de água, disponibilidade hídrica (regime pluviométrico) e confiabilidade requerida para o sistema. Ressalta-se que a distribuição temporal anual das chuvas é uma importante variável a ser considerada no dimensionamento do reservatório.
 
No caso da ocorrência de um volume de precipitação superior à capacidade de armazenamento do reservatório, a água excedente escoa pelo extravasor da cisterna para a rede pública de esgoto pluvial. Caso não haja água de chuva suficiente na cisterna para suprir o reservatório superior de água pluvial, este é automaticamente alimentado pelo sistema de abastecimento de água potável.
 
Convém salientar que foram adotadas medidas de segurança, para evitar quaisquer riscos de contaminação da água potável da rede durante a realimentação do reservatório de água pluvial: uso de válvula solenóide, válvula de retenção e disposição criteriosa das entradas e saídas de água de ambos os reservatórios.

Além da utilização de estratégias  visando ao conforto e economia de energia, este projeto também conta com medidas de conservação da água, como a utilização de equipamentos economizadores, aproveitamento de água de chuva e reúso de águas.
 
O sistema hidráulico da casa foi desenvolvido com o aproveitamento de água pluvial e utilização de efluentes (de águas cinza provenientes de lavatório, lavagem de roupa e chuveiro) após tratamento biológico por zona de raízes. Na Casa Eficiente também se priorizou a utilização de dispositivos economizadores de água e de instalações aparentes, o que facilita o acesso para futuras reformas e também o uso didático.
 
Com o objetivo de racionalizar e economizar nas instalações, as áreas molhadas da casa estão concentradas na fachada oeste. Estas áreas, que geralmente apresentam baixa permanência, funcionam também como barreira radiante, protegendo os ambientes de maior permanência (sala e quartos) da incidência direta da insolação.
 
As águas pluviais coletadas e as águas cinza tratadas são utilizadas exclusivamente com finalidades não-potáveis. O sistema hidráulico da Casa Eficiente apresenta três reservatórios superiores (caixas d’água): (1) de água pluvial, (2) de efluentes tratados (de águas cinza provenientes de lavatório, tanque, maquina de lavar roupa e chuveiro) e (3) de água potável da rede de abastecimento. Os sistemas hidráulicos são completamente independentes, conservando a qualidade da água potável.

O processo de converter um objeto em outro material também exige recursos e energia.

Para divulgar os primeiros passos para evitar chegar à reciclagem, apresento um guia com conselhos:

- Evite comprar tudo o que você pode fazer: Com a correria diária, muitas vezes parece impossível encontrar tempo para fazer certas coisas e acabamos comprando tudo em pacotes, deixando de lado a qualidade e desperdiçando. No entanto, se pensarmos por alguns segundos, a compra de alguns produtos se transforma em algo ridículo: dois tomates em um liquidificador fazem um molho em segundos, além de evitar o uso de uma enorme quantidade de matérias-primas e de energia consumidas na fabricação de uma lata ou caixa de molho de tomate. Pense antes de comprar e prefira preparar tudo o que puder fazer em casa.

- Compre em grande quantidade: Quando for fazer compras, prefira os pacotes grandes. Mais produto, menor preço e menos pacotes que acabam no lixo.

- Fora da cozinha também: Pense em tudo que existe ao redor da sua casa e siga a mesma ideia. 

- Evite os descartáveis: Provavelmente essa é a atitude mais importante para quem deseja reduzir nosso impacto no planeta. Sacolas, talheres e pratos de plástico, guardanapos de papel e bebidas engarrafadas, por exemplo, são elementos que devem sumir de nossas vidas. Ou pelo menos ser reduzidos.

- Diminua o “spam”: Tanto pelo correio como por meio de folhetos, catálogos e outros papeis que nos entregam na rua, estamos a cada dia mais cheios de “spam” publicitário que não pedimos nem precisamos, e que acabam indo parar em latões de lixo reciclável. Entre em contato com as empresas que lhe enviam folhetos e catálogos e peça que tirem seu nome das listas. Evite também pegar papeis na rua.

- Digitalize seu acesso à mídia: Talvez um dos conselhos mais expandidos no mundo verde, e nem por isso menos valioso. Cada vez que você opta por ler um jornal ou uma revista na internet, está evitando a produção, o transporte e a disposição de quilos e mais quilos de papel. Pense realmente em quanto tempo guardará o jornal ou a revista antes de comprá-los, e, sempre que possível, leia-os online.

Lembre-se, antes de reciclar é importante cortar o mal pela raiz. O que acha?

Hortas urbanas.

Não é novidade que a produção de hortaliças está voltando às cidades: hortas urbanas no meio das cidades e vários projetos de fazendas verticais em desenvolvimento.
Entretanto, a fusão (ou reaproximação) do campo com a cidade não é tão simples. Da análise sobre o uso do espaço público à quantidade efetiva de alimentos que se pode produzir, há diversas questões sobre as quais é preciso refletir.


-Alguns pontos importantes:


°Nem sempre os espaços públicos disponíveis nas cidades são adequados para o cultivo e nem sempre se pode levar uma comunidade ao campo (em referência a projetos de comunidades rurais) . Certos espaços urbanos são mais úteis para outras atividades, e às vezes, transpor uma comunidade para o campo acaba criando apenas mais um subúrbio.


ºA diferença entre campo e cidade deve continuar existindo: quando se tem espaços metade urbanos e metade campestres, acaba-se criando um grande espaço híbrido que não é é nem um, nem outro.


ºA agricultura em pequena escala desempenha um papel dentro das cidades, mas mantendo a trama urbana intacta e se adaptando aos espaços disponíveis: tetos, ilhas de tráfego, interiores de quadras, pátios e jardins. "Onde há limitações, há inovação".


ºOutra opção é apelar para os chamados "jardins urbanos efêmeros", assim batizados referindo-se ao uso temporário de áreas disponíveis para a instalação de hortas de curta duração.


Finalmente, é possível produzir na cidade toda a comida de que seus habitantes precisam? Provavelmente não, por isso não há problema na concentração de fazendas agrícolas nos arredores das cidades.
Enquanto o assunto continua se desenvolvendo e amadurecendo, estas reflexões são interessantes para entendermos para onde caminham nossas cidades. E você, já tem sua horta urbana?

Hortas urbanas.

Não é novidade que a produção de hortaliças está voltando às cidades: hortas urbanas no meio das cidades e vários projetos de fazendas verticais em desenvolvimento.
Entretanto, a fusão (ou reaproximação) do campo com a cidade não é tão simples. Da análise sobre o uso do espaço público à quantidade efetiva de alimentos que se pode produzir, há diversas questões sobre as quais é preciso refletir.


-Alguns pontos importantes:


°Nem sempre os espaços públicos disponíveis nas cidades são adequados para o cultivo e nem sempre se pode levar uma comunidade ao campo (em referência a projetos de comunidades rurais) . Certos espaços urbanos são mais úteis para outras atividades, e às vezes, transpor uma comunidade para o campo acaba criando apenas mais um subúrbio.


ºA diferença entre campo e cidade deve continuar existindo: quando se tem espaços metade urbanos e metade campestres, acaba-se criando um grande espaço híbrido que não é é nem um, nem outro.


ºA agricultura em pequena escala desempenha um papel dentro das cidades, mas mantendo a trama urbana intacta e se adaptando aos espaços disponíveis: tetos, ilhas de tráfego, interiores de quadras, pátios e jardins. "Onde há limitações, há inovação".


ºOutra opção é apelar para os chamados "jardins urbanos efêmeros", assim batizados referindo-se ao uso temporário de áreas disponíveis para a instalação de hortas de curta duração.


Finalmente, é possível produzir na cidade toda a comida de que seus habitantes precisam? Provavelmente não, por isso não há problema na concentração de fazendas agrícolas nos arredores das cidades.
Enquanto o assunto continua se desenvolvendo e amadurecendo, estas reflexões são interessantes para entendermos para onde caminham nossas cidades. E você, já tem sua horta urbana?