Novo Código Florestal desagrada ambientalistas.

Novo Código Florestal perdoa quem desmatou encostas de morro e nascentes até julho de 2008. Os responsáveis estão livres de pagar multa pelo estrago.
“É uma anistia ampla geral e irrestrita para aqueles que fizeram crime ambiental, para aqueles que ocuparam de forma irregular”, reclama Mario Mantovani, do SOS Mata Atlântica.

De acordo com a proposta aprovada, a área de preservação de rios com até cinco metros de largura fica menor. A distância mínima entre a plantação e o rio cai de 30 para 15 metros.
"Daqui a pouco eles irão inventar uma nova semente hidropônica, pra assim, além de desmatar áreas enormes, começaram a plantar dentro d'gua."

Assim que a lei entrar em vigor, ficam suspensas autorizações para novos desmatamentos por cinco anos - prazo para os estados definirem suas políticas ambientais.
"Tenho até medo dos desmatamento após esses 5 anos."

Outro ponto que gerou protesto entre os ambientalistas foi a decisão de liberar algumas propriedades e de manter uma área preservada, o que hoje é exigido por lei. Com o novo código, em alguns estados, toda a terra com até 400 hectares vai poder ser usada para agropecuária.
"Ou seja, adeus preservação né Deputado?"

O relator do projeto disse que a medida deve beneficiar 90% dos produtores rurais. “O projeto foi feito para regularizar os produtores que estão na ilegalidade. Na maioria, são os pequenos. por essa razão é que nos dispensamos a recomposição da reserva legal para os pequenos”, explica o relator do projeto, deputado Aldo Rebello (PcdoB-SP).
"E para quem não sabe, o nosso Deputado é da bancada comunista, ou seja, ruralista também. Assim como quem ajudou a escrever o novo código ambiental, foi um agrônomo. Interessante isso não?"

Já as propriedades maiores continuam obrigadas a manter a proteção de parte das matas nativas. Exigência que os grandes produtores querem derrubar quando a proposta for votada pelos deputados no plenário da Câmara.
"Legal Deputado, então quem tem menos de hectares pode devastar tudo. Afinal se cada agricultor de pequeno porte, resolver desmatar essa "pequena" aréa, isso não se tornará uma grandeza. É isso Deputado?"

Nós votamos esse relatório na comissão e agora iremos para o plenário da Câmara depois das eleições. Teremos um prazo de três ou quatro meses para trabalharmos. Os parlamentares e as próprias entidades de classe na mobilização de recuperarmos aquilo que não conquistamos nesse relatório”, aponta o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista.

Além da Câmara, como lembrou o deputado, o projeto ainda vai para o Senado. Mas nada agora. Discussão,votação, está tudo adiado para depois das eleições de outubro.

Atenção galera, peço a vocês que estudem bastante em quem irão votar nessas eleições. Pois esse código ainda pode ser mudado, assim ainda poderemos salvar o que ainda nos resta de vegetação nesse nosso país.

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