Hortas urbanas.

Não é novidade que a produção de hortaliças está voltando às cidades: hortas urbanas no meio das cidades e vários projetos de fazendas verticais em desenvolvimento.
Entretanto, a fusão (ou reaproximação) do campo com a cidade não é tão simples. Da análise sobre o uso do espaço público à quantidade efetiva de alimentos que se pode produzir, há diversas questões sobre as quais é preciso refletir.


-Alguns pontos importantes:


°Nem sempre os espaços públicos disponíveis nas cidades são adequados para o cultivo e nem sempre se pode levar uma comunidade ao campo (em referência a projetos de comunidades rurais) . Certos espaços urbanos são mais úteis para outras atividades, e às vezes, transpor uma comunidade para o campo acaba criando apenas mais um subúrbio.


ºA diferença entre campo e cidade deve continuar existindo: quando se tem espaços metade urbanos e metade campestres, acaba-se criando um grande espaço híbrido que não é é nem um, nem outro.


ºA agricultura em pequena escala desempenha um papel dentro das cidades, mas mantendo a trama urbana intacta e se adaptando aos espaços disponíveis: tetos, ilhas de tráfego, interiores de quadras, pátios e jardins. "Onde há limitações, há inovação".


ºOutra opção é apelar para os chamados "jardins urbanos efêmeros", assim batizados referindo-se ao uso temporário de áreas disponíveis para a instalação de hortas de curta duração.


Finalmente, é possível produzir na cidade toda a comida de que seus habitantes precisam? Provavelmente não, por isso não há problema na concentração de fazendas agrícolas nos arredores das cidades.
Enquanto o assunto continua se desenvolvendo e amadurecendo, estas reflexões são interessantes para entendermos para onde caminham nossas cidades. E você, já tem sua horta urbana?

1 comentários:

FAZENDO ARTE disse...

Gostei muito do seu blog, pois alem de artesa sou professora de sociologia.
Feliz 2013
Leila